Eu não existo sem você... Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, que nada neste mundo levará você de mim. Eu sei e você sabe, que a distância não existe, que todo grande amor, só é bem grande se for triste. Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, que todos os caminhos me encaminham para você. Assim como o oceano só é belo com luar. Assim como a canção só tem razão se cantar. Assim como uma nuvem só acontece se chover. Assim como um poeta só é grande se sofrer. Assim como viver sem teu amor, não é viver, não há você sem mim, eu não existo sem você!!! antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento, e em seu louvor hei de espalhar meu canto, e rir meu riso e derramar meu pranto. ao seu pesar ou seu contentamento. E assim quando mais tarde me procure quem sabe a morte, angústia de quem vive, quem sabe a solidão, fim de quem ama, eu possa lhe dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure... Deveria chamar-te claridade Pelo modo espontâneo, franco e aberto, com que encheste de cor meu mundo escuro... reservo sempre um canto no meu peito para elas. E, sempre que surge a ocasião, também não perco a oportunidade de dar um amigo a um amigo, da mesma forma que eu ganhei vocês. E não adiantam as despedidas. De um amigo ninguém se livra fácil. A amizade além de contagiosa é totalmente incurável. que você volte depressa, que você não se despeça nunca mais do meu carinho, e chore, se arrependa, e pense muito que é melhor se sofrer junto, que viver feliz sozinho. Tomara, que a tristeza te convença que a saudade não compensa, e que a ausência não dá paz. E o verdadeiro amor de quem se ama, tece a mesma antiga trama que não se desfaz. E a coisa mais divina que há no mundo, é viver cada segundo, como nunca mais.. tudo quanto de bom eu fizer, será de nós dois. Uma casa num alto qualquer, com um jardim e um pomar se couber, será de nós dois. E depois, quando a gente quiser, passear, ir pra onde entender, não importa onde a gente estiver, estaremos a sós. E depois quando a gente voltar, o menino que a gente encontrar, será de nós dois. E de noite quando ele dormir, o silencio do tempo a fugir, será de nós dois. E por fim, quando o tempo fugir, e a saudade nos der de nós dois, e a vontade vier de dormir, sem ter mais depois. Dormiremos sem medo nenhum, pois aonde puder dormir um, podem dormir dois. e sinceramente não vejo saída. Como é por exemplo, que dá pra entender, a gente mal nasce e começa a morrer? Depois da chegada vem sempre a partida porque não há nada sem separação. Sei lá, sei lá... Só sei que é preciso paixão! Sei lá, sei lá... A vida tem sempre razão! A gente nem sabe que males se apronta, fazendo de conta, fingindo esquecer, que nada renasce antes que se acabe e o sol que desponta tem que adormecer. De nada adianta ficar-se de fora, a hora do sim é o descuido do não... Sei lá, sei lá... Só sei que é preciso paixão nem melhor a presença que a saudade. Só te amar é divino, e sentir calma... E é uma calma tão feita de humildade, que tão mais te soubesse pertencida, menos seria eterno em tua vida. embora haja tanto desencontro nessa vida... silencioso e branco como a bruma. E das bocas unidas fez-se a espuma. E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento que dos olhos desfez a última chama. E da paixão fez-se o pressentimento. E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente, fez-se de triste o que se fez amante, e de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante. Fez-se da vida uma aventura errante. De repente, não mais que de repente. que criou a aurora, e deu a luz ao dia, e apascentou a tarde. O mágico pastor de mãos luminosas, que fecundou as rosas e as despetalou. Aqui jaz o Sol, o andrógino meigo e violento, que possui a forma de todas as mulheres, e morreu no mar... |
segunda-feira, 7 de março de 2011
VINICIUS DE MORAES FALANDO COM O CORAÇÃO
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